“O céu me traiu... Agora, ele queime.â€
– Sataroth
Muito antes de Lore nascer, antes mesmo das estrelas sobrevoarem o vazio, havia um ser chamado Sanael. Ele era um arcanjo — nobre, justo, e um dos primeiros a carregar a luz dos Deuses. Um protetor das almas. Um juiz da verdade.
Mas até mesmo os puros podem desejar mais.
Sanael acreditava que os Deuses eram fracos. Que a justiça deles era falha. Ele queria criar um novo equilÃbrio — com ele no trono. Sua arrogância cresceu... e com ela, nasceu uma guerra nos céus.
Ele perdeu. E no momento de sua queda, seu nome foi riscado dos Salões Eternos. E no fundo das profundezas esquecidas, Sanael desapareceu.
Das cinzas do arcanjo, ergueu-se algo muito mais perigoso: Sataroth.
Ela não surgiu como uma fera ou uma sombra... mas como uma rainha.
Sentada em um trono feito de crânios, cercada por silêncio e respeito forçado, Sataroth carrega um poder que poucos ousam nomear. Sua pele é sombria como abismo, seus olhos brilham com a fúria de mil batalhas perdidas — e vencidas.
Ela não veste armadura, porque não precisa. Sua presença basta.
Por eras, os Deuses a selaram em Nihilor, um lugar onde nem a luz nem a escuridão ousavam entrar.
Mas o mundo muda. A ganância dos mortais nunca muda.
Um grupo de aventureiros que buscava poder absoluto encontrou os selos. Acharam que podiam controlá-la. Usá-la. Dominar a força que nem os céus conseguiram conter.
Eles quebraram os selos.
Eles a libertaram.
Eles desapareceram.
“A luz me traiu. O submundo me teme.
Mas Lore... Lore me ouvirá rugir.â€
Ela não busca destruição aleatória. Ela quer equilÃbrio — do jeito dela. Quer o fim da luz... e da escuridão. Quer reescrever o julgamento. Quer o trono. O único trono.
E Lore vai queimar... até que reste apenas o eco do seu nome: